Monday, January 29, 2007

Canto lírico

Ontem dei por mim a cantar no duche. Isto só por si não tem nada de estranho, mas pôs-me a pensar. Cantar no duche é patognomónico (palavra gira, não é? Vão ver ao dicionário, foi o que eu fiz.) desta doença que é ser humaninho, como nós todos. Só os humanos é que cantam no duche. Só. Aposto que nunca viram um porco a cantar no duche, pois não? Ou um gato a cantar enquanto se lambe...
Bem, cheguei então ao segundo ponto da questão. Também tem a ver com o facto de a água estar parada ou não. Porque senão, vai daí, andávamos todos a trautear as árias da Castafiore no nosso rico banhinho de imersão. [Gostava de partilhar que adoro a letra agá e que quantos mais agás houver numa palavra, melhor. Por isso é que a palavra "banhinho" é deliciosa.] E ninguém canta no banhinho de imersão, pois não? Uma música do Barry White talvez ainda marchasse, mas isso será por outros motivos e não vamos entrar por aí hoje.
"Contudo!" - dirão os poucos que ainda não adormeceram - "Os animais que tomam banho em água agitada - corrente, digamos - não são muito dados à cantoria!"
Mentira. Pura mentira.
As focas? Guincham ou grunhem, conforme o sexo. Os golfinhos? Assobiam. E as baleias cantam!
Acho que já estão a ver onde eu queria chegar, não é? O Homem no fundo, fundinho, é um mamífero marinho. Nos E.U.A. já devem ter-se apercebido disto há uns tempos. Por isso é que andam a fazer a criação intensiva de baleias...

Thursday, January 18, 2007

Love of my life

Já repararam que a Fox tem intervalos curtíssimos e com publicidade apenas a si próprios? É que é mesmo dizer "Somos tão bons que até vos deixamos ir ver o que está a dar nos outros canais!... Sabem que vão voltar para aqui!"
Uma pessoa quase nem se sente culpada de estar a desperdiçar preciosos minutos de possível dedicação ao estudo. "Está bem, estou a perder tempo. Mas estou a perder tempo com qualidade!"

Wednesday, January 17, 2007

Já agora...

Para quando o metro a ligar a linha vermelha ao saldanha? A Câmara já punha um catalisador nisso... É que agora é que me dava imeeeenso jeito, já que já tenho carro... mas nem por isso dinheiro para gasoil...

(não tão) Breve

A pedido de muitas famílias (OK, foi só uma, mas obrigada pelo vosso interesse, família feijónica) regresso ao meio bloguistico para uma vez mais fazer... absolutamente nada.
Numa altura do ano em que todos temos 0 (zero) tempo - alguns começaram agora a trabalhar, outros estão em exames, os imigrantes de leste andam atarefadíssimos com o rebound da construção civil - eu cedi à pressão e resolvi tirar uns minutos para actualizar os comentários à actualidade. (O que nos leva à questão: será que se pode ter menos que zero tempo? Não, pois não? E como a disponibilidade de tempo para estudar é inversamente proporcional ao rendimento do dito aprofundar de conhecimento, suponho que se tiver zero tempo e muitissimo que estudar, terei nota infinitamente positiva.)
Ora bem, what's new? Mais uma vez... absolutamente nada. Com a diferença que agora já sei que não nos podemos recensear menos de 60 dias antes de uma votação qualquer. Grande coisa, até parece que eu queria votar no referendo do aborto. Também não queria, não queria, não queria - ná na na na ná naaaaaaaaaaaaaa! (Visualizem os totós de lado na cabeça e o bater do pé, sempre dá um pouco de colorido).
O retoque infinitamente sádico nesta época Natalícia (esta semana) é que houve um livro que se infiltrou sub-repticiamente cá em casa e me anda a estragar as possibilidades de vida futura. Ofereceram à minha madrecita um livro de culinária daqueles vanguardistas que têm imensa piada na TV ("Já viu, querido, de ce-têeeza que era girísssssimo termos um daqueles!") mas que na vida real se materializam em coisas que não queremos de modo algum, nem sob ameaça israelita, enfiar pela goela abaixo. Será preciso voltar a mencionar as gambas cozidas com papaia e mel? E prontos. Se eu não me alimentar, como é que vou sobreviver até às próximas Olimpíadas? Mais vale dizerem que não me queriam lá, também não era preciso serem tão rebuscados...
Não posso votar. Não posso comer. Não posso flausinar porque faz-me mal à reumatite e à virose idiopática (e à consciência, também). Não me deixam tocar contrabaixo. O que é que é suposto eu fazer, hein?!
Pois, é isso. Absolutamente nada.