Thursday, February 22, 2007

Menina da Metereologia

No outro dia acordei e pensei que este está a ser um Outono atípico. Eu por mim ainda não dei com nenhuma árvore a fugir para o mau gosto (leia-se "a fugir para o benfiquismo", i.e. , a fugir para as folhas vermelhas). Os dias estão tendencialmente mais quentes. As pessoas andam a tentar perder peso, em vez de acumularem reservas lipídicas. Mas há pior...
Na Terça-feira passada (Amor de Deus, meninos....) insistiram em comemorar o Carnaval! Em pleno Outono! E não tenho dúvidas que a seguir vão querer levar-me à praia. O que, pela mais pura lógica, calhará no mais pleno Inverno! Bonito...
O Big Brother não tinha acabado já? E estou a falar do do Orson Wells (agora corrigido para George Orwell, obrigado Anónimo!) , não do da TVI. Será que alguém se lembra desse livro muito além, onde aparecia uma entidade controladora, que por acaso até era o Governo, a vigiar os cidadãos pelas televisõezinhas lá de casa? Triunfo dos Porcos? Anyone?
Isto baralhava-me ao princípio. Mas eu pensei. (Devem ter reparado que houve um pequeno abalo sísmico, concomitante com o meu pico de concentração. Sorry.) Depois cheguei à brilhante conclusão de que não era uma tentativa subversiva do Governo de trocar as estações para obter mais pontos nas sondagens. Não está a começar a inversão do campo magnético da Terra. (Por falar nisso, alguém sabe quantos anos faltam? Odiava ser apanhada desprevenida).
E por tudo isto, só tenho uma pergunta para fazer.
Quem
É que interrompeu
A minha hibernação!?

Tuesday, February 06, 2007

Essência de ser estudante

"Nunca seja o primeiro.
Nunca seja o último.
Nunca se voluntarie."


In: "Leis de Murphy para médicos"

Friday, February 02, 2007

Não me saem as palavras

Não me saem as palavras... É um facto, quero escrever, mas não consigo. Pego na caneta e dou por mim a fazer riscos inconsequentes numa folha de papel que não tinha culpa de nada, a não ser, talvez, de estar ali. Uma folha de papel culpada de estar, de ser... Não sei. Não me saem as palavras e é um nó preso, o ter tanto para dizer, tanto para contar, para confiar, o ter tanto para revelar e mostrar, e no entanto o melhor que consigo fazer são riscos... Traços vagos, traços sem sentido, talvez um pouco como este ... este texto.Talvez um pouco como tudo o resto, talvez como o Universo: sem sentido. Tudo, sem sentido, não me refiro a um caos, refiro-me sim, a algo pior, algo vazio... O caos preenche e ocupa tudo o que toca, esta ausência de sentido é apenas fria, perturbadora, assustadora. Frio.
Não me saem as palavras e continuo aqui, embrulhado em mim mesmo, perdido sei lá onde. Já aqui estive, várias vezes, e não sei como, nunca sei onde isto é, talvez apenas um fragmento sombrio da(s) minha(s) personalidade(s). Pior ainda, talvez um não-fragmento. Talvez eu, ou todos os eus...
Talvez... Palavra que ressoa na minha cabeça com demasiada frequência, demasiadas duvidas, demasiadas questões, respostas a menos, falta de confiança... Falta de, falta de (confiança ?) ,não sei...

Talvez confiar. Talvez errar. Talvez tentar. Talvez acordar. Talvez outro dia...

Hoje não, hoje não me saem as palavras e doem-me os sentidos, dói-me o que sou, o que não sou, o que fui, e o que fico por ser. Doem-me as palavras, os fonemas, as silabas e os acentos. Dói-me cada pedaço de escrita, e cada pedaço em branco.

Não me saem as palavras, hoje não...